Uro-Oncologia

CÂNCER DE RIM



CÂNCER DE RIM

O câncer de rim corresponde a 3% de todos os tumores malignos. Sua incidência tem aumentado 2% a cada ano. É duas vezes mais comum nos homens do que nas mulheres e geralmente acomete pessoas entre os 55 e 75 anos de idade, sendo relativamente raro em indivíduos abaixo de 45 anos de idade. Quais os fatores de risco estão associados com câncer de rim?

As seguintes associações podem aumentar o risco de câncer de rim:
- Tabagismo
- Hipertensão
- Obesidade
- História familiar de câncer de rim
- Insuficiência renal crônica e / ou diálise
- Dieta com alta ingestão calórica ou frituras, carne / refogados
- Síndrome de Von Hippel-Lindau
- Esclerose tuberosa

Prevenção
Diferentemente do câncer de próstata, de colo uterino, de mama e de cólon e reto, para os quais existem exames rotineiros que possibilitam o diagnóstico em fases iniciais da doença, não há exames de rotina para diagnóstico precoce do câncer renal.
Como estratégia preventiva do câncer renal, a suspensão do tabagismo é a mais importante. Outras estratégias preventivas podem incluir perda de peso com dieta rica em frutas e vegetais, prática regular de atividade física e controle rigoroso da pressão arterial nos hipertensos.

Diagnóstico
De 6% a 10% dos pacientes apresentam dor no flanco, sangue na urina e massa abdominal palpável. No entanto, a forma mais frequente de diagnóstico são os achados incidentais em exames de rotina como a ultrassonografia do abdômen.
O diagnóstico definitivo da doença é feito por meio da ultra-sonografia e da tomografia computadorizada do abdômen.
A tomografia, além de fazer o diagnóstico da doença, é bastante útil no seu estadiamento (verificação da extensão para outros órgãos) e no planejamento da terapêutica mais adequada. A radiografia de tórax serve para avaliar o acometimento dos pulmões, sendo que em alguns casos ela pode ser utilizada para uma avaliação mais minuciosa.
A ressonância nuclear magnética é raramente utilizada na avaliação destes tumores, e só é realizada em situações muito específicas.
A biópsia renal pré-operatória normalmente não é realizada, e só é necessária em situações excepcionais, a fim de se diferenciar lesões malignas de benignas, as quais não necessitariam de tratamento.

Tratamento

Nefrectomia Radical
É a retirada completa do rim e de todos os seus envoltórios, podendo ser associada à Linfadenectomia Retroperitoneal dependendo do estadiamento da neoplasia renal.
Está indicada em tumores grandes ou muito complexos onde a remoção apenas do tumor não é possível. É realizada na maioria das vezes pela via Laparoscópica (pequenas incisões cirúrgicas), em centros especializados por profissionais capacitados.
Nesses casos, a Cirurgia Laparoscópica oferece menos sangramento, menos dor, a recuperação é mais rápida e os cortes são bem menores do que na cirurgia aberta. Em algumas situações, tais como tumores muito volumosos, localmente avançados e com trombos tumorais no interior da veia cava, a cirurgia aberta ainda pode ser indicada.

Nefrectomia Parcial
Tem sua indicação na remoção cirúrgica de tumores renais pequenos ou de complexidade menor. O benefício desse tratamento é realizar uma cirurgia poupadora de néfrons, isto é, não é realizada a retirada completa do rim.
É uma cirurgia com segurança oncológica cientificamente comprovada e melhores resultados funcionais para o paciente. A principal via de acesso é a Laparoscópica, devendo ser realizada por Urologistas habituados com esse tipo de procedimento cirúrgico.
As Nefrectomias Parciais Abertas (com cortes maiores) são reservadas para os tumores mais complexos, endofíticos ou com íntimo contato com as artérias e veias do rim. A recuperação pós-operatória é rápida na maioria das vezes, sem maiores intercorrências, principalmente nos casos realizados pela via laparoscópica.